Como se fôssemos amigos

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Éramos felizes quando Limp Bizkit dominou o mundo?

Éramos felizes quando Limp Bizkit dominou o mundo?

Sim. E eu detesto Limp Bizkit, cara.

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Ronald Rios
Jul 02, 2025
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Éramos felizes quando Limp Bizkit dominou o mundo?
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Tudo parecia possível

Confesso que nunca fui muito fã de Limp Bizkit (muito grito!) mas já notou que a vida era melhor quando eles estavam no auge? Todos nós tínhamos vidas mais simples e inocentes. Veja bem: no auge do hit “My Way” bombando na MTV e “7 Melhores da Pan”, você não era muito mais feliz que hoje? Tipo, muito mais esperançoso? Eu detestava essa música mas a vida parecia mais rica em possibilidades nessa época.

Hoje, não sei. Tenho muitos cabelos brancos para os sonhos de minha cabeça.


O Botafogo foi desclassificado do Mundial mas confesso que se tivesse caminhado até uma final entre nós e o Time do Messi, eu iria de Time do Messi - que também caiu já. Eu gosto do Messi mais que do Botafogo. Isso não é um take polêmico. Eu acredito no futebol como modalidade solo antes de coletiva.

Talvez essa seja a única qualidade do detestável esporte TÊNIS que preste: tem dupla? Sim, mas meio que só importa ver os atletas solo.

F1 também. O piloto campeão do mundo importa mais do que a equipe. Eu sinceramente não sei de qual equipe o Lewis Hamilton faz parte mas sei que ele ganhou vários bagulho por ela. E que ele gosta do Brasil. Parece ser um cara legal. Mas talvez não seja. Meio que tanto faz, não consigo imaginar eu tendo que lidar com ele. Eu nunca irei a Interlagos vê-lo correr e acho que ele nunca vai ver um show meu na Consolação e tá tudo bem.


Repercutir o Brasil Paralelo é meio que falar que ele é sério, né? Tem um cara aqui na minha rua que se chama Caxias. Personagem clássico de qualquer quebradinha de São Paulo. É o cara em permanente e preocupante estado de embriaguez. Ele fala coisas pesadas para os moradores quando passa pela rua depois de deitar várias doses duma cachaça fedorenta. Ele fede que eu não sei se é o sovaco ou o bafo de pinga barata. A essa altura acho que é mais saudável ele simplesmente beber álcool de limpar parede. A cachaça que ele bebe é tão barata que ele recebe R$2,00 por dose.

Caxias bebe e diz para os moradores aqui coisas terríveis e fictícias, acusações de todas as naturezas. Ninguém leva a sério e meio que quase ninguém repete algo que ele fala. Mas se a Folha repetir o que ele fala no seu site, muita gente iria acreditar nas merdas que Caxias fala.


Eu não sou um cara de reclamar por bobagem mas eu recebi 12 upvotes num perspicaz comentário no reddit e o cara de baixo de mim recebeu 6 porque deu um reply escrito "facts".

Tá certo, eu talvez seja um cara de reclamar por bobagens mas o mundo precisa de mais pessoas que reclamam por bobagem. Muitas pessoas reclamam já sobre as coisas sérias e todos sabem que a saturação de uma ideia deixa as pessoas dormentes à ela eventualmente.

Eu não estou dizendo que não pode ter ninguém preocupado com um assunto importante. Inclusive acho que muita gente tem que se preocupar sobre muitas coisas. Eu mesmo me preocupo bastante com vários problemas. Fica tranquilo que eu estou preocupado, cara.

Não quero chover no molhado sobre meu interesse na paz plena na Palestina ou numa diminuição sincera na opressão policial no Brasil. Mulheres seguras. Tudo isso me importa muito. Não me parece ter tanta gente assim ligando, dadas as estatísticas ruins nesses poucos exemplos que dei. Eu quero deixar muito claro que aos 36 anos que eu admito que não sou muito inteligente sobre os mundo. Mas eu entendo números. E eles são altos. É importante deixar claro o quão burro eu sou. E que se as estatísticas explicitam os problemas até para um JUMENTO EGOCÊNTRICO como eu… bom, creio que não há pessoas o bastante interessadas em resolver problemas desse tipo. Então precisamos de mais pessoas para se preocupar. Eu não sei o que fazer. Se ao menos existisse alguma espécie de invenção futurista como um meio de comunicação de alto alcance, e ele falasse tudo que fosse interesse do povo… seria legal se tivesse algo assim. Mas vão dominar a viagem no tempo antes disso.

Mas por exemplo, eu quando era criança ouvi falar tanto do perigo pelo qual as baleias e tartarugas-marinha passavam, que hoje eu não me preocupo absolutamente nada sobre elas. E acho que você também não. Era uma causa nobre mas foi saturada. É como quando saiu “Hey Ya” do Outkast: no começo parecia a música perfeita. 6 meses depois estávamos exaustos de mexer como uma foto Polaroid. Acredito que isso foi decisivo no processo de descontinuação da tradicional câmera de revelação instantânea. No mesmo ano, virou um sucesso a Cybershot que você plugava no computador para revelar as fotos. E a não ser que você tenha tido aulas muito ruins na Microlins, você não estava sacudindo a sua CPU para ver 40 fotos de 2003 de você e seus amigos mostrando a língua para a câmera.

Ou do seu All Star. Eu acho que 90% do meu tempo livre na adolescência foi dedicado a tirar fotos do meu All Star que traduzissem a minha personalidade. Curiosos tempos.


Inventei um jogo: todo dia que a glicemia bate menos de 100, tenho que falar um disco do ano referente. hoje deu 93, então fui de Souls of Mischief.

Se eu não falar na hora um disco, eu morro. O jogo roda no sistema operacional T.O.C, logo mais sai pra Windows e PS5.

Se a glicemia tiver mais de 100, eu também morro, no MOD Diabetes 2.0.


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